No dia 1 de janeiro de 2022 entrou em vigor a CID-11 (da sigla em inglês International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems).
Nesta classificação, o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) passou a ser considerado um diagnóstico unificado. Essa mudança, entrou em consonância com a alteração de 2013 do DSM- 5 (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que também reuniu todos os transtornos que estavam dentro do autismo em um só diagnóstico: TEA.
Além disso, a CID-11 também adotou a nomenclatura Transtorno do Espectro do Autismo para englobar todos os diagnósticos que antes eram classificados (na CID 10) como “Transtorno Global do Desenvolvimento”.
Na CID-11, como ficaram os diagnósticos então?
No lugar da F84, o novo código é 6A02, e as subdivisões passaram a estar relacionadas à presença ou não de Deficiência Intelectual e o comprometimento ou não da linguagem funcional do paciente.
Conforme a CID-11, as subdivisões ficaram da seguinte forma:
6A02 — Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
6A02.0 — Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z — Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.
Essas subdivisões foram criadas com o intuito de entender melhor a funcionalidade de cada indivíduo com TEA, até porque, colocando tudo em um mesmo diagnóstico, há inúmeras possibilidades de fenótipos (“jeitos de ser”) que os indivíduos podem apresentar.
Espero que esse post tenha ajudado você a entender um pouco melhor sobre o diagnóstico de TEA.
Um abraço,
Carol e Pri