Burnout em Terapeutas ABA: Cuidando dos Cuidadores
Introdução
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica altamente eficaz para indivíduos no espectro do autismo, mas os terapeutas que implementam essa terapia frequentemente enfrentam desafios únicos. Um desses desafios significativos é o risco de burnout. Isso porque, os terapeutas muitas vezes ficam sobrecarregados com cargas horárias extensas, e atribuições exageradas nos casos.
O Que é Burnout?
Burnout é um estado de exaustão física, mental e emocional resultante do acúmulo prolongado de estresse no ambiente de trabalho. Terapeutas ABA estão especialmente vulneráveis à essa questão.
Causas do Burnout em Terapeutas ABA
1. Exigências Emocionais: Terapeutas ABA trabalham intensivamente com indivíduos no espectro do autismo, muitas vezes enfrentando desafios comportamentais complexos e difíceis. Essa exposição frequente a situações emocionalmente difíceis pode ser desgastante.
2.Carga Horária Extensa: Terapeutas acabam tendo dificuldades com estruturação da agenda de trabalho, e além de horas de atendimento ao longo do dia, também tem muitos trabalhos indiretos para fazer, como: produção de materiais terapêuticos, preparação de sessão, produção de relatórios e planos de conduta, estudos, etc.
3.Falta de suporte: A falta de supervisão infelizmente é uma prática comum. Com isso, o terapeuta fica sobrecarregado com as dificuldades encontradas nos casos, sem ter nenhum ponto de suporte para direcionamentos necessários. (leia este artigo aqui: https://link.springer.com/article/10.1007/s10803-009-0709-4)<:>
Prevenção e Gerenciamento do Burnout
1.Autoconhecimento: Terapeutas ABA devem estar atentos aos seus próprios sinais de estresse e esgotamento. Reconhecer a necessidade de ajuda é o primeiro passo para prevenir o burnout.
2.Estabelecimento de Limites: Definir limites claros no trabalho: estabelecer o número máximo de horas de atendimento por dia e colocar horas indiretas e tempo de deslocamento na agenda pode ajudar.
3.Supervisão e Apoio: Supervisão regular e apoio de colegas e supervisores são cruciais.
4. Autocuidado: Priorizar o autocuidado é fundamental. Isso inclui uma dieta saudável, exercícios regulares, sono adequado e tempo para atividades que não são ligadas ao trabalho ( por mais que você ame ler sobre autismo, ou ver séries sobre isso, viu?)
Resumindo…
O burnout entre terapeutas ABA é uma preocupação legítima, dado o desafio inerente de trabalhar com indivíduos no espectro do autismo. No entanto, ao reconhecer os sinais precoces, estabelecer limites e buscar apoio é essencial prevenir e gerenciar esse esgotamento.
Então já sabe né?
Se cuide.
Um abraço,